Existe uma linha ténue entre a realidade e o sonho; escrevo com uma pena sobre aquilo que pode arrancar-nos um sorriso. Sonhamos acordados e também dormimos a sonhar; todos os sonhos são acarinhados antes de os admitirmos, e merecem respeito e coragem.
Além disso, caminhamos com esperança como uma bússola que nos puxa para a vitória; mantemos dentro de nós a criança que exige ser reconhecida e que nos dá força para persistir. Por outro lado, enfrentamos bons e maus momentos, cada um carregado de emoções que nos atravessam sem pedir licença.
Vivemos impulsos, pausas e risos que nos salvam; às vezes não pensamos demais, outras vezes reflectimos com cuidado. Lutamos, resolvemos e reconstruímos; transformamos desafios em degraus e sonhos em planos concretos com tino e precisão.
Construímos projectos com mãos cautelosas e olhos postos no horizonte; dormimos sem desígnios traçados, mas com uma centelha que não se apaga. A escrita serve de ponte entre o desejo e a acção, acendendo um brilho breve e intenso, tal como fogo em palha seca.
Em suma, sonhar e agir são faces da mesma moeda: o sonho dá rumo e a coragem converte esse rumo em obra. Escrever é semear, cuidar e acender, é fazer magia com palavras que tocam, convencem e se partilham.

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Sonhar e fazer
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