Filipe de Luar

Não é uma promessa vazia, nem uma frase feita. É uma certeza que nasce daquilo que ainda não viste, mas que já vive dentro de ti.
Os pensamentos que hoje te rodeiam, inquietos, confusos, por vezes pesados, são como pássaros em círculos, à espera do vento certo. E esse vento há de soprar. Num dia de primavera, talvez quando menos esperares, tudo se alinhará. O céu abrir-se-á, e esses pássaros, que antes pareciam perdidos, vão encontrar o seu rumo.
Vais voar com eles. Mesmo com os pés firmes na terra, vais erguer os braços e tocar nas estrelas. Não porque te afastaste do chão, mas porque aprendeste a olhar para cima sem medo.
Os teus sonhos, esses que às vezes pareces esquecer, ou que guardas em silêncio, são sementes. Foram lançadas ao vento com esperança, com dúvida, com coragem. E mesmo que não as vejas agora, estão a germinar. A terra sabe esperar. O tempo sabe cuidar. E tu vais ver florescer aquilo que plantaste com o coração.
Está tudo bem. Mesmo nos dias em que tudo parece parado, mesmo quando o silêncio pesa, mesmo quando a pressa do mundo te empurra para correr sem saber para onde. Está tudo bem.
Respira. Vive o dia de hoje como quem saboreia um momento raro. Agradece o que tens, o que és, o que ainda virás a ser. Não tenhas pressa, o tempo não é um inimigo, é um aliado. Acompanha-o. Dá-lhe espaço. Dá-lhe o tempo dele.
E enquanto esperas… Não deixes de sonhar. Sonha com tudo o que te faz vibrar. Sonha com o que parece impossível. Sonha como quem constrói pontes entre o agora e o que ainda está por vir.
Porque é no sonho que começa a mudança. É no sonho que se acende a luz. E é no sonho que se escreve o futuro — aquele que já vem a caminho.

• Filipe de Luar