O mundo dá voltas. Umas lentas, quase impercetíveis, outras tão rápidas que te arrancam o chão debaixo dos pés. E quando cais, dói. Mas cair não é o fim, é a prova de que estás vivo, de que te atreveste a andar, de que não ficaste parado à espera que a vida passasse por ti.
E então perguntas: que mundo é este? Mudou ele ou mudaste tu? Talvez ambos. Talvez o mundo seja apenas o reflexo da tua própria transformação. Mas a verdade é simples: não interessa a resposta. O que importa é que atravessaste a porta, mesmo sem teres a chave certa. Isso é coragem. Isso é escolha. Isso é vida.
O destino, por vezes, parece clandestino. Esconde-se em becos escuros, fala-te em enigmas, desafia-te com fechaduras que não se abrem. Mas lembra-te: o mundo é teu. Sempre foi. Não te escondas dele, não fujas do espaço que te pertence. Agarra-o com as duas mãos, como quem segura algo frágil mas precioso.
Vive cada minuto como se fosse o último, porque um dia será. Não deixes nada por fazer, nada por dizer, nada por sentir. O mundo é frágil, tu também, mas é nessa fragilidade que está a força. Aprende a caminhar com ele, a cair e a levantar-te, a suportar-lhe o peso e a celebrar-lhe a leveza.
E aqui vai o conselho que vale ouro: não desperdices a tua energia a tentar mudar o mundo inteiro. O mundo não precisa de ser reinventado por ti, precisa que tu o vivas à tua maneira. Faz do teu minuto uma vida inteira. Faz da tua vida um exemplo.
Porque a vida não espera. O tempo não abranda. E tu também não devias esperar. Levanta-te. Avança. Vive.
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Filipe de Luar 
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