Perdi o norte. Deixo-me arrastar pelo vento, caminho sem destino, tentando calar este pranto que insiste em nascer. Os meus olhos procuram alguém, uma presença que ainda não encontro. Não tracei mapa nem rota, mas sei que preciso descobrir algo novo: um fado diferente, uma vida renascida.
Ficar parado é impossível. Tudo em mim recorda a tua sombra. Foste maldita na partida, e ainda hoje choro a tua ausência. Tenho saudades dos teus abraços: firmes, ternos, guardiões. Agora só me restam as dores que deixaste como herança.
É à noite que o peso se torna insuportável. Grito no silêncio, como se pudesse expulsar esta dor que me devora por dentro. Quero arrancar-te do peito, libertar-me deste amor que me aprisiona.
Quero asas. Quero voar. Seguir um caminho certo, encontrar outro amor que me devolva a vida.

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Caminho sem mapa
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