Há meses que chegam e passam despercebidos. E há outros que parecem feitos para deixar marca. Setembro de 2025 é um desses momentos na literatura mundial: obras novas, autores consagrados e temas urgentes que prometem incendiar conversas, alimentar debates e, quem sabe, tornar-se virais nas redes sociais.
Do regresso de nomes fortes à ousadia de novas vozes, este é um mês em que a literatura não se limita a entreter — obriga-nos a olhar para o mundo com outros olhos.
Patricia Lockwood e o romance que dá voz à pandemia
“Will There Ever Be Another You” é já apontado como um dos romances mais intensos do ano. Patricia Lockwood mistura surrealismo com a experiência crua da doença e da perda em tempos de Covid. Um livro que toca em memórias ainda frescas e que promete gerar reflexão sobre como a literatura pode ajudar-nos a processar feridas colectivas.
Mona Awad regressa com “We Love You, Bunny”
Depois do sucesso cult de “Bunny”, Mona Awad regressa com uma sequela que promete ser ainda mais ousada. Humor negro, atmosfera surreal e uma crítica feroz ao meio literário fazem deste livro uma bomba pronta a circular em fóruns online, clubes de leitura e grupos de fãs.
Angela Flournoy e a força da amizade feminina
Em “The Wilderness”, Flournoy conta a história de cinco mulheres negras e a forma como décadas de amizade resistem a mudanças sociais e pessoais. Um retrato poderoso da identidade e da pertença que dialoga com os grandes debates actuais sobre representatividade, memória e resiliência.
O ensaio que já gera polémica: “Why Fascists Fear Teachers”
Num tempo em que a educação é alvo de ataques políticos em várias partes do mundo, este ensaio tornou-se explosivo antes mesmo do lançamento. “Why Fascists Fear Teachers” discute o papel dos professores como guardiões da liberdade de pensamento — e, por isso mesmo, como alvos de regimes autoritários. Um livro com tudo para se tornar manifesto de resistência cultural.
Um setembro para ler e partilhar
A literatura continua a ser espelho e farol — mostra o que somos, ilumina o que ainda podemos ser. Setembro de 2025 não é apenas mais um mês de lançamentos: é um convite para pensar, sentir e discutir.
Talvez seja isso que vai fazer com que estas obras circulem muito para além das livrarias, saltando para as redes sociais e para as nossas próprias conversas do dia a dia.
E tu, qual destes livros vais querer ler primeiro?
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