Filipe de Luar

Existem pessoas que são verdadeiros anjos disfarçados de gente. Estão lá quando caímos, quando o chão nos foge, quando tudo parece perder sentido. Não usam asas, mas carregam-nos ao colo quando já não temos forças. A esses chamamos amigos. E é graças a eles que a vida ganha cor, que os dias mais pesados ficam mais leves.
Muita gente só percebe o valor de um amigo quando já não o tem. Mas quem encontra um anjo destes, que nunca o deixe escapar. Leva-o contigo para onde fores, guarda-o como o maior dos tesouros.
Amigo. Palavra curta, mas gigante no coração.
O que é, afinal, um amigo?
Não é só companhia. É família escolhida. Irmão sem sangue, mas com alma.
Um amigo ri connosco, mas também chora connosco. É aquele a quem confiamos segredos, medos e sonhos — e que os guarda melhor do que qualquer cofre trancado a sete chaves. Um amigo não se compra, não se mede, não tem preço. Vale mais do que ouro, mais do que diamante. É pérola rara, de valor incalculável.
Ao longo da vida cruzamo-nos com muitas pessoas, mas só os verdadeiros amigos ficam, marcam, deixam cicatrizes boas no coração.
E não te enganes: amizade não nasce do nada, nem se constrói num dia. É feita de tempo, de presença, de lealdade. Num mundo que idolatra dinheiro, poder e aparência, um amigo verdadeiro é quem nos puxa da lama, quem nos acompanha no copo e no silêncio, quem nos oferece um sorriso e uma mão estendida quando mais precisamos.
Porque a amizade, a verdadeira, enriquece a alma, acalma o coração e fortalece o corpo. Depois da família, são eles os amigos que se tornam irmãos da vida.
Amigos são os anjos que a Terra disfarçou de pessoas para nos lembrar que ninguém nasceu para caminhar sozinho.

• Filipe de Luar