Tenho sonhos que não cabem em mim. Vontade de ir mais longe, de tocar o impossível, de ser feliz sem travões.
Ser poeta é viver com os olhos no infinito, é sonhar com o corpo inteiro, é escrever com os dedos e sentir com o peito.
É colher silêncios, semear sorrisos e pintar o mundo com palavras que ardem.
Na viagem da vida, escolhi caminhar com poesia nos lábios e nos dedos.
Porque há corpos que pedem versos. E o teu é poema escrito a fogo.
Deixa-me escrever-te na pele.
Com sussurros. Com toques. Com beijos que sabem a pecado.
O teu corpo é arte. É voz. É tentação.
E eu não resisto a pecar quando te vejo.
Quero fazer de ti o meu poema favorito, aquele que leio em silêncio, todos os dias, com a mesma fome de sempre.
Corpo em brasa,
Chama que dança,
Prazer sem morada,
A minha doce esperança.
És a tempestade quente que me acalma.
Cais em mim em gotas de prazer,
E deixas no meu peito
Uma sede boa de te querer.
Tu és desejo em carne viva.
E eu sou só vontade.
Gosto-te.
Sinto-te.
Quero-te.
Desejo-te.
Amo-te.
Sei-te de cor.
És o fogo que não se apaga.
O teu corpo?
É mel e loucura.
É toque que arrepia.
É pele que chama.
É calor que consome.
Corpos que se despem.
Corpos que se procuram.
Corpos que se perdem e se encontram no meio de um desejo que não mente.
Quero mergulhar fundo.
Sentir-te por dentro.
Provocar-te tremores que nem sabias ter.
E deixar-te a arder, sem pressa de apagar.
Noites suadas.
Manhãs ofegantes.
Tardes de puro vício.
Só nós.
Sem filtros.
Sem freios.
Só dois corpos em combustão.
Dois vulcões prestes a explodir.
Quero saborear os teus lábios como quem descobre um segredo.
Sentir o teu corpo colado ao meu como se o mundo fosse acabar.
Quero-te inteira. Sem medo. Sem regras. Sem nunca te cansar.
Quero-te agora.
E amanhã também.

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