Filipe de Luar

Amar não é sinónimo de sofrer. Mas às vezes, dói.
E se dói… é porque sentimos.
Quem sente, luta.
E quem luta, um dia, vence.
Cada pessoa ama de forma diferente.
É isso que torna o amor tão confuso e tão bonito.
Para uns, é fácil dizer o que sentem. Para outros, é uma batalha contra a timidez e o medo de não serem correspondidos.
Mas há verdades que não se escondem.
Quando gostamos, transparece. Mesmo sem querer.
Sem dizer uma palavra, o olhar entrega. O gesto revela. O jeito denuncia.
E é aí que percebemos: amor de verdade não precisa de megafone. Basta a presença, a atenção, o toque certo no momento certo.
Quando gostamos, queremos estar perto.
Cuidamos. Perguntamos se chegou bem. Lembramos o que faz sorrir.
Mimamos com pequenos detalhes, só porque sim.
Mas… se o amor não for recíproco?
Se só um sentir e o outro ignorar?
Aí, meu caro… aí dói a sério.
Dói em silêncio.
E quem mais sente… é quem mais sofre.

• Filipe Miguel