O amor na Internet… ou será só o amor da Internet?
É um fogo rápido, feito de fotos bonitas e frases feitas, partilhadas por milhares que, na verdade, se sentem sozinhos neste vasto oceano digital. A paixão evapora-se devagar, enquanto nos saciamos com o simples clique, numa ânsia constante de algo que nem sabemos bem o quê.
Este amor vive em parques de estacionamento, quartos de hotel, escapadinhas de fim de semana e termina com sms curtos, que nunca chegam para mostrar o que realmente sentimos. A ausência esconde-se atrás do ecrã que vibra, trazendo uma presença falsa e aquela sensação ilusória de conforto quando uma mensagem aparece.
É isto o amor hoje? O amor da Internet que fascina, mas que nos afasta de verdade. Temos tudo tão à mão que acabamos por perder o interesse nas coisas que realmente importavam. Aproximamo-nos de tudo, menos das pessoas.
Ser mais reservado, ou até antiquado, pode parecer estranho, mas ajuda a ver a vida com olhos mais verdadeiros. Espero que, com o tempo, o amor não se torne uma palavra esquecida ou ridícula. Porque para quem gosta de momentos reais, o que se vê é doloroso.
Hoje, tudo é “ficar”, encontros rápidos, vontade que passa. Se resulta, óptimo. Se não, segue-se para outra. É este o amor da Internet, ou na Internet?

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