Às vezes gostava de conseguir mandar nos meus sentimentos, escolher a dedo o melhor momento para correr atrás dos meus sonhos e conquistar as minhas metas. Mas, a verdade é que quem manda nisto tudo… são eles! Os sentimentos são como rios: podemos tentar desviá-los, mas mais tarde ou mais cedo voltam ao seu curso natural. Eles são brutos, teimosos, entram sem bater à porta e não há estalar de dedos que os faça desaparecer.
São eles que marcam o ritmo da nossa vida. Cabe-nos a nós, apenas, decidir se aproveitamos a maré ou se deixamos passar. Viver não é só respirar. Saber viver é uma arte: é saber o que devemos esquecer e aquilo que vale a pena guardar no coração. É como navegar, escolher bem o rio certo que nos leva a bom porto.
Se pudesse, dominava o amor. Que maravilha quando é vivido a dois, e que dor quando chega ao fim! Mas a vida ensina: nada como um dia a seguir ao outro. Cada dia é único, e o tempo acaba por equilibrar tudo. Um novo amor, uma nova esperança… E assim vamos recomeçando.
Se a vida fosse sempre plana, era sinal de que já não estávamos vivos. Precisamos dos altos e baixos, do silêncio para pensar e dos sentimentos para nos guiar. Temos todo o tempo do mundo para manter os pés bem assentes na terra… mas só agora temos este amor para nos fazer voar. Os sentimentos sabem até onde devem ir — basta sabermos segui-los.
- Filipe Miguel

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