Se me falares de amor, eu contar-te-ei sobre o perfume das flores ao entardecer, aquele aroma que nos envolve e nos faz esquecer o mundo à nossa volta. Falar-te-ei das borboletas que esvoaçam ao nosso redor, leves e coloridas, como se dançassem ao som do vento. E, claro, falar-te-ei das águas que correm, serenamente, nos rios que atravessam os nossos caminhos, e das ondas do mar que rebentam na areia, trazendo consigo o eterno murmúrio do oceano.
Vou falar-te também dos sorrisos partilhados, aqueles momentos de pura alegria que nos aquecem o coração, mas também das lágrimas escondidas, que guardamos em silêncio, como pequenos segredos entre nós. Contar-te-ei dos passeios que fizemos lado a lado, explorando o desconhecido, e das histórias que escrevemos juntos, dia após dia, com cada passo dado.
Não me esquecerei de mencionar os segredos que partilhámos, aqueles que só nós conhecemos, nem das mil e uma aventuras que vivemos, onde cada momento era uma descoberta, uma nova loucura que nos fazia sentir vivos. Falar-te-ei das noites sem dormir, quando o tempo parecia desaparecer, dos abraços que trocámos, quentes e apertados, e dos beijos que selaram os nossos desejos mais profundos. E, claro, de dar sem pedir nada em troca, porque o amor, o verdadeiro amor, é isso mesmo.
Falar-te-ei do infinito, desse sentimento que nos faz acreditar que o tempo é apenas uma ilusão, que viver a vida é um grito de liberdade, uma busca incessante pela paz que encontro no brilho do teu olhar. Se me falares de amor, então, falar-te-ei de nós. Porque, no fim, o amor é isso mesmo: é a história de nós dois, escrita nas entrelinhas dos nossos dias, gravada no coração que bate dentro de mim.
- Filipe Miguel

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