Não estás aqui, mas sinto a tua presença como se estivesses. Quando te procuro, não te vejo, mas fecho os olhos e a tua imagem aparece, clara e vívida. Não posso tocar-te, mas o toque da tua pele permanece na memória das minhas mãos, tão real como se nunca tivesse partido.
No fundo da minha mente, e também na superfície da minha consciência, nunca te deixei ir. Em momentos de introspeção, chamo-te de “minha”, em voz baixa, como um segredo que só eu conheço. É nos meus sonhos mais profundos, aqueles que ninguém mais pode testemunhar, que tu estás comigo.
És minha, naquele instante suspenso, sem pressas ou desculpas que me impeçam de te sentir, seja quando estás perto ou distante. Mesmo que não desejes estar aqui, não te deixo partir. Este é o teu lar, porque, no meu coração, és minha, mesmo que não tenha domínio sobre nada nem sobre ninguém.
- Filipe Miguel

Deixe um comentário