Depois da entrega total de dois corpos ao amor, quem ousará censurá-los ou impedi-los de romper as barreiras do prazer? Não há julgamentos que resistam à intensidade desse momento íntimo. Ao despirem-se, o que importam os ouvidos e os olhares atentos do lado de fora, quando o que se vive está confinado apenas à imaginação dos dois? Ali, naquele espaço sagrado, só existe a cumplicidade silenciosa, onde cada toque e cada suspiro têm o seu próprio idioma.
No aconchego da noite, embalados pelo silêncio, o improviso é o guia que os conduz numa dança onde cada movimento é uma nova descoberta. Sentem até aos fios mais delicados dos sentidos, a magia que nasce do rolar dos corpos, que se entrelaçam numa harmonia perfeita, tornam-se um só corpo e uma só alma. O tempo perde-se, e o mundo lá fora desaparece, deixando apenas a presença um do outro.
— Estás aqui, tão perto — sussurrou ele, os lábios a roçar-lhe a orelha, enquanto os dedos percorriam-lhe as costas num toque que era ao mesmo tempo, terno e cheio de desejo.
— Sempre estive — respondeu ela, com um olhar brilhante e tranquilo, que só se encontra quando se tem a certeza de estar onde pertence.
E assim, num abraço que falava mais do que qualquer palavra, entregaram-se àquela noite, onde a realidade se desfazia nas margens do êxtase. O calor dos corpos unidos fundia-se numa só chama, uma só alma perdida na embriaguez do puro prazer. Era mais do que um simples encontro físico; era a fusão completa de duas essências, num momento de plenitude absoluta.
Não havia espaço para dúvidas ou receios. Apenas o aqui e o agora, em que cada segundo se prolongava numa eternidade de sentimentos profundos e intensos. E, no fim, quando a noite finalmente os envolveu num manto de sossego, restou apenas a sensação de estarem inteiros, completos, como se nada mais no universo importasse.
— Amo-te — murmurou ela, antes de se deixar levar pelo sono, a cabeça repousada no peito dele, ouvindo o bater compassado do coração que, naquele instante, era também o seu.
— E eu a ti, sempre — respondeu ele, apertando-a contra si, como se quisesse assegurar-se de que aquele momento nunca acabaria.
Nessa comunhão de almas e corpos, encontraram a verdadeira essência do amor, onde a entrega total se traduz numa liberdade sem limites, e onde o prazer não é apenas um fim, mas um caminho que percorrem juntos, de mãos dadas, coração com coração.
No abraço eterno do amor, encontraram a paz que só os corações unidos podem conhecer.
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