Quero fazer um retrato teu com traços pictóricos cheios de paixão, mas não sei pintar e se vou retratar-te será com letras do coração.
Olho para ti e vejo um quadro que jamais conseguiria capturar com pincel ou tinta. O meu desenho seria um simples esboço, incapaz de refletir a tua verdadeira beleza ou a complexidade surpreendente da tua geografia única.
O sol ilumina a tua cabeça, banhando-a numa claridade límpida e luminosa. Vejo os teus pensamentos livres, como pássaros a voar alto no céu, e duas estrelas que brilham intensamente no teu rosto quando um cometa de alegria atravessa o teu sorriso. Observo-te com um ardor crescente, mas sem pressa, saboreando cada momento que passo a admirar-te.
No teu corpo, vejo uma cordilheira majestosa, com dois picos cobertos de neve que simbolizam a pureza e a imponência. As tuas costas são um convite ao desconhecido, prometendo aventuras e segredos por descobrir, como um prelúdio da paixão que nos une. O teu coração, que se revela a partir da tua cintura, pulsa com uma força que me atrai inexoravelmente.
Os meus desejos intensificam-se ao vislumbrar as grutas que se escondem no túnel das tuas pernas, mistério que me chama para explorar as profundezas da tua alma. Dentro de ti, encontro um labirinto fascinante, um enigma que me desafia e me cativa. A flor do teu instinto desabrocha nesse jardim secreto da tua mente, onde a lucidez e a loucura coexistem harmoniosamente, criando um equilíbrio perfeito e inebriante.
Cada palavra que escrevo é uma tentativa de esculpir a tua imagem no meu coração, sabendo que a minha prosa jamais fará justiça à tua essência. No entanto, é através destas palavras que tento transmitir-te a profundidade do meu sentimento, a admiração que nutro por ti, e a conexão emocional que partilhamos. Que saibas sempre o quão especial és para mim, e como cada detalhe teu é uma obra de arte no vasto museu do meu amor.
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Filipe de Luar 
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