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Cicatrizes do Coração

Todos carregamos pelo menos uma cicatriz. Quem não tem uma cicatriz marcada no corpo, no coração, na alma ou na pele? Todos já sentimos e sofremos uma dor, uma amargura ou um sofrimento dentro de nós. Ninguém passa nesta vida sem enfrentar momentos difíceis, dores infernais, cicatrizes físicas ou emocionais. Sofrer e sobreviver faz parte da vida, é a melhor forma de valorizar a vida, as pessoas e os bons momentos. É aprender a dar a volta por cima para superar os desafios e atingir os objetivos traçados.
Lembro-me das conversas, de como partilhámos as nossas dores e medos. Todos temos uma cicatriz marcada no corpo. Pode não ser visível aos olhos de todos, mas é sentida dentro de nós. Todos nós já sofremos no passado. Cada cicatriz que temos não pode ser apagada. Cada cicatriz é sinal de ferida sarada. O tempo passa, mas as recordações ficam, sejam elas boas ou menos boas. As feridas do coração nunca se apagam. Elas ficam lá, escondidas, bem guardadas numa caixa dentro de uma gaveta, mas a qualquer momento, podem voltar a abrir e a doer novamente. São estas as feridas que, por mais tratadas que estejam, nunca ficam saradas na sua totalidade e podem voltar a abrir.
Por vezes, pergunto-me como é que conseguimos seguir em frente, apesar de tudo. Há feridas com melhores recordações que outras. Mas a vida é mesmo assim. O que vale é aquilo que somos hoje e o caminho que vamos preparando para amanhã, para nós e para os nossos. As cicatrizes do coração ficarão para sempre connosco. Para sarar as feridas, é importante encontrar o caminho que nos complete. Tudo faz parte de quem somos e aceitar o menos bom é tornar a felicidade uma realidade.
Sei que às vezes parece impossível esquecer e seguir em frente, especialmente quando o passado pesa tanto. É difícil não ficar com cicatrizes quando se tem um tempo mau na nossa vida. Poderá atenuar um pouco, mas elas estão lá e ficarão para sempre. No entanto, temos de tentar esquecer, guardar as dores numa caixa e fechá-la, depois seguir em frente. Como são difíceis de sarar as cicatrizes do coração, também fazem parte da vida. As feridas e depois as marcas deixadas no nosso coração fazem de nós pessoas mais humanas, porque aprendemos que não devemos iludir ninguém nos seus sentimentos.
Recordar não é viver, não é dar valor ao que se perdeu, é aceitar que o que não tem remédio remediado está. Recordar é voltar ao passado, abrir caixas que por vezes, deveriam manter-se fechadas, manter feridas intactas. O que importa é fazermos valer o hoje e agradecer. O hoje é o dia mais importante que temos, é o dia em que podemos fazer, lutar, amar, acreditar.

Vivam o hoje!
Vivam o agora!

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