Às vezes penso que a vida é como um fado, daqueles que nos tocam lá, no fundo da alma. É como se cada acorde, cada nota, cada pausa, dissesse algo sobre a nossa própria história. E ela segue assim, sem pedir licença, sem esperar por nós. Os bons momentos que deixamos escapar, as horas que desperdiçamos, tudo isso fica para trás, como se fossem notas perdidas na melodia da vida. O relógio não espera por ninguém, o tempo voa e o mundo continua a girar, indiferente aos nossos passos. É como se estivéssemos todos num grande jogo, onde as cartas já foram distribuídas e os dados já foram lançados, e nós só podemos seguir o curso desse destino que parece estar traçado desde o início.
Mas repara bem, no meio desta confusão toda, a verdade é que o momento certo para viver é sempre este, o agora, o presente! Não vale a pena ficar à espera de um sinal vindo lá de cima, de uma mudança miraculosa ou de um convite formal para ser feliz. A responsabilidade é nossa, entendes? Somos nós que temos de arrumar as malas e seguir em busca da felicidade. Às vezes, pode até não haver um mapa definido à nossa frente, mas nós sabemos muito bem onde não queremos estar e disso não tenhas dúvidas.
E sabes, olho para a minha mala ali, coitada, há tanto tempo esquecida. Imóvel, intocada, como se estivesse à espera de um chamamento que o tempo simplesmente ignorou. Mas agora é o momento, compreendes? Hora de pegar nessa mala, arrumar tudo e dar-lhe vida. Temos de separar as nossas coisas, organizar as bagagens para seguir em frente, prontos para embarcar nesta nova viagem que nos aguarda.
É incrível como acabamos por passar tanto tempo na solidão, perdidos num mar de memórias, carregando pesos que, no fundo, são âncoras que colocamos a nós mesmos sobre os ombros. Cada um de nós tem as suas, essas âncoras que insistem em puxar-nos para baixo, impedindo-nos de seguir em frente. Mas olha, não há espaço para carregarmos o que não nos pertence. É hora de soltar essas amarras, deixar que o vento leve esses pesos desnecessários e permitir que possamos finalmente navegar livremente pelos mares da vida.
Agora, é o momento de desatar essas amarras que nos prendem e içar a âncora para partir rumo ao desconhecido, percebes? É uma sensação maravilhosa ter todas as nossas coisas arrumadas, prontas para embarcar a qualquer momento. É como manter a âncora sempre preparada para encontrar a paz e a verdade que buscamos. Imagina só, a liberdade de poder seguir em frente sem os pesos do passado, apenas com a certeza de que estamos prontos para enfrentar o que vier pela frente, com coragem e determinação.
Cada novo dia é como uma página em branco pronta para ser preenchida com uma nova aventura, sabes? É como se tirássemos o peso do dia anterior da nossa mala, abrindo espaço para o que está por vir. Arrumar a mala à noite é como preparar o terreno para receber novas experiências e emoções no dia seguinte. É a certeza de que, aconteça o que acontecer, estaremos prontos para aproveitar a viagem, vivendo a vida sem demoras, saboreando cada momento sem hesitações.
Assim, com as nossas malas cuidadosamente arrumadas e as âncoras já levantadas, seguimos adiante. Encaramos o desconhecido de coração aberto. À medida que navegamos pelo rio da vida, vamos aprendendo que o presente é o nosso porto seguro e que a felicidade está ali, ao alcance das nossas mãos a cada passo que damos. É como se descobríssemos que a chave para a verdadeira alegria está bem aqui, neste momento, ao alcance das nossas mãos a cada passo que damos.
E é assim que seguimos em frente. Sempre à procura de novas aventuras, novos sorrisos, e a realizar os nossos sonhos. A vida é como esse fado que podemos cantar com toda a paixão do mundo, dançando ao ritmo dela com uma intensidade sem igual.
E desta forma, com as nossas malas arrumadas e o coração cheio de esperança, seguimos em frente, preparados para abraçar cada momento que a vida nos oferece, vivendo com gratidão e sem deixar escapar um único instante.
Com o coração aberto e as malas prontas, avançamos sem perder tempo.
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