A beleza da vida reside nos pequenos detalhes, e o amor não é exceção. São os pormenores subtilmente entrelaçados que sem dúvida moldam a vivência do amor, dispensando a necessidade de gestos grandiosos. Eles assemelham-se às pinceladas suaves que conferem vida a uma obra de arte, tornando o amor uma criação única e delicada. Por vezes, palavras simples, desprovidas de artifícios, conseguem expressar de forma profunda e sincera o quanto apreciamos alguém. São como pedras preciosas encontradas nas margens de um rio, a brilhar com autenticidade e a desvendar a beleza do afeto.
Hoje, um sentimento de saudade envolve-me. Estarás a caminho? Quanto tempo demorarás? Anseio por ti, pela sonoridade da tua voz e por aquele beijo urgente que apenas tu sabes dar. Sinto-me incompleto na tua ausência, exausto de uma existência que só encontra sentido contigo. Por favor, avisa-me quando estiveres prestes a chegar, estou aqui à tua espera. Cada minuto que passa é como um suspiro de antecipação, à espera do teu regresso, como um farol à espera do barco que traz o marinheiro de volta ao porto seguro. É uma espera impregnada de esperança, como uma carta selada com carinho, onde cada palavra palpita com a promessa de um tão aguardado reencontro.
A saudade, essa criatura voraz, devora-me por dentro. Num instante, ela envolve o meu dia com um manto de rosas e borboletas, mas, no seguinte, transforma-se num monstro repleto de memórias que assaltam o meu coração. Se eu tivesse o dom de poderes sobrenaturais, desfaria os nós que apertam o meu peito, como se fossem cordas de um sentimento entrelaçado, desejando libertar a minha alma da angústia que a saudade provoca.
Anseio por abraços que sejam completos, pois a falta do todo sufoca até mesmo o instante mais breve. A saudade é uma amiga familiar que me atormenta com desejos intensos, sejam eles momentâneos ou eternos. Ela é como uma presença constante, uma companheira fiel que me acompanha, enchendo-me de saudades aguçadas que tanto podem ser efémeras como duradouras.
Os corações apaixonados pela vida e pelo amor transbordam de sensibilidade e ternura, inundando a Terra com a sua presença. Eles saciam a sede de emoção e suavizam a dor de quem deseja expressar um amor profundo, mas que frequentemente perde-se na busca pelas palavras certas. É como se a expressão desse amor fosse uma batalha, uma espécie de “dislexia dos sentidos.” A loucura que envolve os apaixonados é uma dádiva, e os seus clamores de paixão são sempre bem-recebidos, independentemente do momento. O amor é eterno e intemporal, transcendendo as limitações do tempo e do espaço.
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Filipe de Luar 
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